Utilizamos os mais variados critérios: cor dos olhos, formato do cabelo, altura, gordura ou falta dela, cor da pele, roupas que usa, etc.
Ocorre que, muitas vezes, classificamos os seres humanos em "gente" e "não-gente".
Como assim?
Explico.
"Gente" é um ser humano que tem algum tipo de afinidade conosco. Afinidade que geralmente tem a ver com a condição financeira e cultural. Ou seja, nossos amigos e conhecidos.
Os "não-gente" costumam ser invisíveis. Nós os vemos todos os dias, sabemos que eles existem e... só. Geralmente, são as pessoas mais pobres e que trabalham em serviços braçais.
Por conta dessa classificação esdrúxula e estapafúrdia, cometemos injustiças.

A primeira é achar que os "não-gente" não são importantes para a sociedade. Construímos um muro imaginário, em que eles não são bem-vindos. Com isso, políticas públicas aos "não-gente" são constantemente negligenciadas: escolas precárias, saneamento básico inexistente, falta de atendimento na saúde, moradias precárias, etc.
A segunda é destilar pré conceitos das mais variadas formas: "é tudo vagabundo", "não gosta de trabalhar", "não tem acesso a tal coisa porque não merece", etc.
Um professor do ensino médio disse a seguinte frase:
"Existe somente uma raça: a raça humana. O que temos de diversidade são as etnias."
Pertencemos a raça humana.
Cremados ou enterrados, todos nos tornaremos um nada.
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