quinta-feira, 14 de setembro de 2017

O olhar da menina

Ela era incompreendida. 


Tida como esquisita. 


Mas era só contemplar seu olhar para notar o engano: Ele transbordava sensibilidade. 


 Seus olhos negros lembravam o anoitecer. Traziam mistério e ao mesmo tempo paz e tranquilidade.


Você se perdia naquele olhar. Por horas e horas, se quisesse.


Parecia mais com um oceano de infinitas possibilidades.


(...)


Nunca conversei com essa menina. 


Só que eu tinha a impressão de que ela queria gritar algo para o mundo e não conseguia.  


Dava para perceber que era algo profundo. 


Talvez nem mesmo a garota soubesse o que lhe inquietava.


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