quarta-feira, 19 de setembro de 2018

O Brasil que eu quero!

O Brasil que eu quero é uma pátria equilibrada. 

Uma Nação que tenha como projetos:

1) Combater as desigualdades - sejam quais forem
;

2) Lutar pela efetivação dos direitos - em especial direitos da pessoa e à moradia digna; 

3) Política que estimule a geração de empregos de qualidade e que paguem bons salários; 

4) Incentivo e fortalecimento das indústrias nacionais; 

5) Investimento maciço em educação:
-em tempo integral, 
-que busque emancipar o indivíduo e estimular a cidadania, 
-valorização e cursos para a constante atualização dos professores,
-olhar com atenção para a melhoria do ensino das séries iniciais

6) Investimento pesado em 
pesquisa, ciência e tecnologia - utilizando a estrutura das Universidades Federais, IFs e Embrapa; 

7) Investimento em saúde (prevenção e tratamentos); 

8) Discussão sobre a política de combate às drogas: porque as drogas são a razão dos elevados índices de criminalidade. Não tenho opinião formada sobre isso;

9) Um modo de tributação que não impacte tanto nos pobres e na classe média. E isso é simples: tributar mais a renda dos mais ricos, isentar de Imposto de Renda em valores maiores aos atuais! 

10) Governantes que cortem seus privilégios (e das altas castas dos demais poderes) antes de apresentarem um projeto desumano como essa reforma da Previdência .

11) Um Congresso Nacional com homens e mulheres que amem o Brasil e seu povo! Que estejam dispostos a legislar pelo bem comum, e não para o bem de poucos.

12) Um país em que todos nos sintamos pertencentes! Que os setores produtivo e trabalhador sejam contemplados com políticas públicas duradouras e projetos de Nação.

13) Uma Nação que se olhe no espelho. Que reconheça e reflita sobre seus erros e/ou eventuais falhas de caráter.

terça-feira, 10 de julho de 2018

Somos humanos

Gremista, colorado, são paulino, palmeirense.

Petista, peemedebista, pepista, sem filiação partidária.

Europeu, latino, africano, asiático, indígena.

Pele branca, preta ou parda.

Poderia colocar mais trocentas classificações. E todas elas não nos definem por completo.

Somos humanos.

Ponto.

Na verdade, ponto e vírgula.

Porque dentro dessa humanidade cabem muitas nuances.

Somos humanos.

Erramos. Acertamos.

Temos muitas diferenças - e muitas semelhanças.

Somos humanos.

Que custa tratar bem e dignamente outro ser humano?

Que custa se colocar no lugar dos mais vulneráveis?

Que custa respeitar uma crença/cultura diferente?

Somos humanos.

Somos humanos?

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

As duas coisas

Observação: O texto a seguir é apenas uma reflexão acerca de um tema extremamente polêmico. Está longe de ser uma palavra definitiva.

Problemas complexos exigem soluções complexas.

Cito como exemplo a crise na segurança pública. Há duas maneiras aparentemente antagônicas de tentar solucionar essa mazela: a educação e a repressão.

A educação consiste em investir nas crianças e adolescentes, no sentido de conceder oportunidades de estudar, de cultura e arte (atuar, cantar, aprender a tocar algum instrumento musical, ...), prática de esportes, escolas de turno integral com participação efetiva das famílias e comunidades, etc.

A repressão diz respeito a punir uma pessoa em razão de um delito cometido. Como reprimir? Há muitas sugestões: encarcerar em cadeias, estabelecer penas mais duras, acabar com o prende-e-solta, prisão perpétua, e há quem fale em pena de morte. Enfim: a repressão nada mais é do que uma reação do Estado a uma ação de um indivíduo (ou grupo) que cometeu um crime.

Pelo que observo, os defensores mais fervorosos de uma das ideias acima expostas - educação ou repressão - entendem que apenas a sua solução deve ser aplicada.

A questão é que, como disse, problemas complexos exigem soluções complexas. 

Entendo que tanto a educação quanto a repressão devem ser aplicadas. E ao mesmo tempo.

É necessária e fundamental a educação? Com certeza. Ela é (ou deveria ser) um projeto de Nação, uma política de Estado, que superasse os mandatos eletivos. Um projeto de educação levado a sério traria efeitos positivos, que levaria um longo período de tempo para ser visualizado pela sociedade (uns 20 ou 30 anos). 

A repressão, por sua vez, traria efeitos imediatos - populares e eleitoreiros. Uma sensação de segurança, de poder andar nas ruas tranquilamente, de cumprimento da lei. Creio que isso dura um determinado período, ou seja, é temporário.

O fato é que temos o problema seríssimo da segurança pública e que atinge a todos nós, em maior ou menor grau. É grave como uma pessoa diabética que sofreu um grave acidente de trânsito. Ela será socorrida e levada para a emergência. Assim que o quadro clínico se estabilizar, a pessoa permanece com o diabetes e continuará tendo que fazer o tratamento adequado.

Ou seja, entendo que é necessário reprimir (e também discutir de que maneira fazê-lo). Mas é fundamental tratar a doença crônica pela raiz. É essencial oferecer alternativas e oportunidades a todos, para que tenhamos uma sociedade inclusiva - e não excludente.

Por fim, meu texto pode soar como idealismo... 
Mas é o meu real e sincero desejo.

Se você pensar diferente de mim, tudo bem! Peço apenas uma coisa: respeito.


domingo, 4 de fevereiro de 2018

Tipos de gente

Temos o hábito de classificar pessoas. 

Utilizamos os mais variados critérios: cor dos olhos, formato do cabelo, altura, gordura ou falta dela, cor da pele, roupas que usa, etc.


Ocorre que, muitas vezes, classificamos os seres humanos em "gente" e "não-gente".


Como assim? 


Explico.


"Gente" é um ser humano que tem algum tipo de afinidade conosco. Afinidade que geralmente tem a ver com a condição financeira e cultural. Ou seja, nossos amigos e conhecidos.


Os "não-gente" costumam ser invisíveis. Nós os vemos todos os dias, sabemos que eles existem e... só. Geralmente, são as pessoas mais pobres e que trabalham em serviços braçais.


Por conta dessa classificação esdrúxula e estapafúrdia, cometemos injustiças. 



A primeira é achar que os "não-gente" não são importantes para a sociedade. Construímos um muro imaginário, em que eles não são bem-vindos. Com isso, políticas públicas aos "não-gente" são constantemente negligenciadas: escolas precárias, saneamento básico inexistente, falta de atendimento na saúde, moradias precárias, etc. 


A segunda é destilar pré conceitos das mais variadas formas: "é tudo vagabundo", "não gosta de trabalhar", "não tem acesso a tal coisa porque não merece", etc.


Um professor do ensino médio disse a seguinte frase: 

"Existe somente uma raça: a raça humana. O que temos de diversidade são as etnias."


Pertencemos a raça humana. 


Cremados ou enterrados, todos nos tornaremos um nada.