Asdrúbal tornou-se presidente da República por puro acaso.
O país vivia numa grave crise.
Moral, econômica e política.
A desilusão da população era notória.
Pudera.
A insegurança cada vez mais imperava.
Escândalos políticos cada vez mais desanimadores.
O povo necessitava de um profeta.
Um desses caras que aparecem de tempos em tempos.
Que prometem salvar o mundo da desgraça.
De algum inimigo.
E no Partido Histórico das Seletas de Legumes...
Que é um pequeno partido da esquerda-direita absolutamente
insignificante para a contagem de votos...
Surgiu Asdrúbal.
Um motorista de ônibus bigodudo e com cacetetes na mão.
Um homem grosso, bruto, extremamente machão e mal encarado.
Casado, pai de duas filhas.
Pronto.
Era o homem perfeito para aquele partido conseguir ter
chance de voto.
Asdrúbal ganhou a eleição.
Seu primeiro ato depois de empossado...
Foi explodir Brasília com todos os deputados e senadores
dentro.
O povo brasileiro foi à loucura.
Comemorou mais que título de Copa do Mundo.
Asdrúbal detestava lasanha.
Editou um decreto proibindo que qualquer pessoa comesse
lasanha.
Quem descumprisse seria preso e torturado.
O Brasil já não era mais uma pátria.
Era um brinquedo nas mãos do presidente.
Foi modificada a bandeira e o hino do Brasil.
Asdrúbal desejava mudar o nome do país.
E quase conseguiu.
Porém, foi convencido por seus conselheiros do contrário.
Disseram que isso destruiria a elevada popularidade do
Chefe.
O presidente Asdrúbal só saiu do poder de uma forma:
assassinado.
E seu assassino tornou-se o novo presidente.
Democrático?
Nem um pouco.
A ditadura só trocou de lado.
Socorro!
Coitados de nós!
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