Ela era incompreendida.
Tida como esquisita.
Mas era só contemplar seu olhar para notar o engano: Ele transbordava sensibilidade.
Seus olhos negros lembravam o anoitecer. Traziam mistério e ao mesmo tempo paz e tranquilidade.
Você se perdia naquele olhar. Por horas e horas, se quisesse.
Parecia mais com um oceano de infinitas possibilidades.
(...)
Nunca conversei com essa menina.
Só que eu tinha a impressão de que ela queria
gritar algo para o mundo e não conseguia.
Dava para perceber que era algo profundo.
Talvez nem mesmo a garota soubesse o que lhe inquietava.